sexta-feira, 24 de maio de 2013

Família de vítima, morador de Piabetá, de incêndio em Duque de Caxias obtém liminar para identificar corpo


Familiares de Gelson da Silva Corrêa, de 43 anos, funcionário do depósito que pegou fogo em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, conseguiram na tarde desta sexta-feira (24) uma liminar para que a vítima seja enterrada com identificação. A família o reconheceu pelo rosto, mas o Instituto Médico Legal (IML) não havia conseguido identifica-lo oficialmente devido à impossibilidade de analisar as impressões digitais. Com a liminar, o reconhecimento da família passa a valer como identificação, e consequente emissão do Certificado de Óbito.
Segundo a Polícia Civil, responsável pelo IML, por volta das 13h, antes da liminar, o corpo havi sido liberado como reconhecido, mas não identificado. O corpo de Gelson será enterrado às 10h deste sábado (25), no Cemitério Municipal de Bongaba, em Piabetá, em Magé, também na Baixada.
A princípio, em função da dificuldade em identificá-lo, o atestado de óbito não teria o nome de Gelson. Segundo a Polícia Civil, seria necessário aguardar o resultado do exame de DNA, que só fica pronto em 30 dias.

"Nós não concordamos em esperar o resultado do exame de DNA. Eles disseram que demora 30 dias, mas as coisas em nosso país demoram muito. A gente tem consideração por ele e por isso pedimos ao juiz que concedesse a liminar para ele ser enterrado com a identificação", disse Luiz Carlos, concunhado de Gelson.
Jefferson de Oliveira, 21 anos, fez o reconhecimento do corpo do pai (Foto: Cristiane Cardoso/G1)Jefferson de Oliveira, 21 anos, fez o reconhecimento do corpo do pai (Foto: Cristiane Cardoso/G1)
Mais cedo, o filho de Gelson disse que apesar das queimaduras, foi possível reconhecer o pai pelo rosto. "A fisionomia está normal. Ele está com 90% do corpo queimado, mas o rosto dele está intacto. Eu vi que era ele, minha mãe também. Mas eles dizem que como está sem digital que vão ter que fazer reconhecimento dentário ou exame de sangue", declarou Jefferson de Oliveira, de 21 anos. O funcionário do depósito de combustíveis também deixou uma filha de 6 anos, que é portadora de necessidades especiais.
Segundo Sergio Gomes, cunhado de Gelson, a família está muito abalada com tudo que aconteceu. "Esperamos fazer o enterro dele ainda hoje, mas tudo tem horário e é muita burocracia. A família vai só sofrendo mais a cada dia", completou Sergio.
"Os pais dele e a irmã não conseguem nem falar. A mãe dele está passando mal, minha esposa está lá com ela. Todo mundo sabia que o emprego dele era perigoso, mas ninguém esperava que isso pudesse acontecer", declarou. Ainda segundo Sergio, Gelson era um homem trabalhador, alegre e que vivia para a família.
Fonte: G1

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