sábado, 14 de julho de 2012

OBRAS NOS TREVOS QUE LIGAM ARCO METROPOLITANO A RODOVIAS FEDERAIS


Um fica na BR-040, em Duque de Caxias, outro, na Via Dutra, e o terceiro na antiga Rio-São Paulo

Três importantes trevos de ligação do Arco Metropolitano com as rodovias federais no estado, que vão ajudar a estruturar toda a malha rodoviária da Região Metropolitana do Rio, já estão sendo construídos pela Secretaria estadual de Obras em pontos estratégicos da futura estrada. Um fica no entroncamento da BR-040 (Rio-Belo Horizonte-Brasília) com a BR-116 (Rio-Espírito Santo-Bahia), em Saracuruna, Duque de Caxias; outro está sendo construído no cruzamento com a Via Dutra, próximo à entrada de Japeri; e o terceiro, na antiga Rio-São Paulo (BR-495), em Seropédica. As obras devem ser entregues ao longo do ano que vem.

A obra em Duque de Caxias é a de execução mais complexa porque liga o Arco a duas rodovias federais de intenso movimento de veículos. O trevo terá oito viadutos e 12 alças que permitirão acesso dos motoristas nos dois sentidos das três rodovias, numa média projetada de mais de 160 mil por mês.

- O motorista que vem pela Rio-Teresópolis poderá seguir pelo Arco em direção à Via Dutra ou a Itaguaí ou, se quiser, poderá acessar o Rio ou Petrópolis. O mesmo poderá ser feito no sentido inverso dessas direções – exemplificou o subsecretário de Obras Rodoviárias e Mobilidade Urbana, José Antônio Portela.

O projeto original previa a construção de apenas três viadutos, mas foi modificado para dar fluidez a um volume maior de veículos, entre automóveis, ônibus e caminhões. As obras só causarão impacto no trânsito da área na fase final, de acordo como cronograma acertado com as concessionárias Concer, da Rio-Petrópolis, e CRT, da Rio-Teresópolis. Até lá, a Secretaria Estadual de Obras planeja uma série de desvios e sinalizações para minimizar os transtornos, quando houver a necessidade de interdição de pistas.

Arco Metropolitano vai ligar Itaboraí ao Porto de Itaguaí

O trevo na Via Dutra, com três viadutos e sete alças, está em fase mais adiantada e deverá ficar pronto em abril do ano que vem. A obra permitirá o acesso ao Arco de veículos vindo de São Paulo em direção ao Rio ou vice-versa. A previsão é de que 3,5 mil veículos por dia usem a interseção. Já o trevo da antiga Rio-São Paulo começou em 2010, mas sofreu muitas paralisações para resolver pendências ambientais, pois se encontra dentro de uma área protegida. O prazo de entrega será setembro de 2013 e a previsão de que 500 a mil veículos passem pelo acesso diariamente.

Os trevos pertencem ao segmento do Arco Metropolitano sob responsabilidade do governo do estado que vai de Saracuruna ao entroncamento com a BR-101, em Itaguaí, contornando toda a Baixada Fluminense. O percurso de 70,9 quilômetros já se encontra quase todo terraplanado.

Orçado em R$ 1,1 bilhão, o projeto compreende ainda obras de drenagem e asfaltamento das pistas e a construção de 54 viadutos, 18 pontes e 82 passagens inferiores – entre elas 10 zoopassagens na reserva florestal da Floresta Nacional Mário Xavier (Flona), em Seropédica, habitat da perereca Physalaemus soaresi, espécie ameaçada de extinção. A rodovia deverá ser inaugurada em dezembro de 2013.

O trecho se liga a outros três segmentos já existentes: o primeiro entre Itaboraí e Magé pela BR-493, cuja pista será duplicada pelo Departamento Nacional de Transportes Terrestres (DNIT); o segundo vai de Magé até o entroncamento com a BR-040, em Saracuruna, pela BR-116 (Rio-Teresópolis); e o terceiro fica na BR-101 Sul, entre Itacuruçá e Itaguaí, já duplicado pelo DNIT.

A estimativa é que a obra reduza em até 20% os custos de transportes de mercadorias entre o Porto de Itaguaí e sete estados brasileiros, incluindo os da Região Sul (Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul). O impacto na economia brasileira será de R$ 1,8 bilhão, sendo 64,1% desse valor concentrados no setor de construção civil. Em longo prazo, a influência direta no Produto Interno Bruto (PIB) da região será de R$ 2 bilhões.

Os dados fazem parte do estudo Avaliação dos Impactos Logísticos e Socioeconômicos da Implantação do Arco Metropolitano do Rio de Janeiro, encomendado pelo Sistema Firjan e pelo Sebrae-RJ ao Centro de Estudos em Logística da Coppead/UFRJ e à Tendências Consultoria. Ainda, de acordo com aquele estudo, a previsão é de que se instalem no entorno da via empreendimentos industriais e de logística capazes de criar 800 mil empregos nos próximos 15 anos.

- O Arco Metropolitano vai viabilizar a consolidação do Estado do Rio como um dos principais centros logísticos do país. Além de elo estruturador da acessibilidade, a rodovia é um empreendimento estratégico para a Região Metropolitana do Rio, para o estado e para o país e é um projeto estruturante do desenvolvimento regional, essencial para a articulação entre os principais núcleos urbanos e o rearranjo espacial da sua área de abrangência – concluiu o secretário estadual de Obras, Hudson Braga. 

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