sexta-feira, 18 de maio de 2012

Lixão vira tormento para moradores de bairro de Magé


Terreno servia como criadouro de porcos. Prefeitura aguarda Justiça para retirar o lixo


O mau cheiro e a contaminação do solo fizeram os moradores do Bairro de Bongaba, em Magé, se mobilizarem para acabar com uma criação de porcos em pleno lixo, popularmente conhecida como pocilga, em funcionamento na região. Além de abrigo para os porcos, o local recebia despejo irregular de lixo, de acordo com o leitor Felipe Marques Gomes.
“O descaso com o bairro de Bongaba é um fato no mandato de todos os prefeitos, ano após ano. A ausência de saneamento básico é evidente, o local é dominado pela lama e pelo lixo. Com a instalação do Lixão na região, as coisas só se agravaram: o cheiro está insuportável e a quantidade de moscas e outros animais são de impressionar”, reclama Felipe.
Segundo ele, o lixão libera chorume no lençol freático, contaminando o solo da região, que fica ao lado da Rodovia Rio - Teresópolis, próximo de onde passava a primeira estrada ferroviária do país.

A Secretaria de Meio Ambiente de Magé confirma a existência do lixão, porém diz que aguarda uma decisão judicial para fazer a retirada do lixo no local, que pertence a um particular e fica próximo a um aterro sanitário. Segundo o secretário Cláudio Cosentino, a área estaria embargada pela 66ª Delegacia da Polícia Civil.
“Tal embargo foi motivado pela fiscalização conjunta onde participaram a Secretaria, a Vigilância Sanitária do Município, o Batalhão Florestal, a Superintendência de Defesa Agropecuária do Estado e a 66ª Delegacia de Polícia Civil. No local, além das péssimas condições com o trato dos suínos - com restos de carne em avançado estágio de deterioração eram oferecidos aos porcos como alimento - , foi constatado também um lixão clandestino. Nele havia todo tipo de resíduo, incluindo o de Classe I, considerado pela legislação como perigoso”, diz a nota da Secretaria.

De acordo com o secretário, o mau cheiro e o chorume só poderão ser sanados após a autorização judicial. No início de maio, um terreno da Supervia também causou problemas para os moradores da região da Praça da Bandeira, na Zona Norte do Rio, devido ao acúmulo de lixo.


Fonte: O Globo

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