Bairro do Município de Magé, no Estado do Rio de Janeiro. Pertencente a um Distrito com quase 100 mil habitantes, o mais populoso de Magé.
Aqui você encontra informações, dicas e notícias da região próxima de Piabetá.
O Blog não será mais atualizado, temporariamente. Como ele contém muitas informações sobre nosso Distrito, continuará disponível.
Algumas informações importantes:
O Shopping de Magé, o Boulevard Magé, não passa de um terreno, mal aterrado, sem nenhum sinal de canteiro de obras. E a promessa de ficar pronto para a Copa de 2014 parece que não será cumprida. Bem, como a saúde piora a cada dia, ninguém percebeu.
Solução para o problema: madrugar nas filas das Clínicas do Prefeito, e depois, se sobrar dinheiro e vida, ir fazer compras nos Centro Comerciais ou Galerias no Centro de Piabetá.
Nestor Vidal está de Parabéns!
É sempre assim, o Governo nunca consegue fazer todo seu dever. Se a Educação vai bem, a saúde vai mal; se o Transporte e Trânsito vão bem, o Emprego vai mal. Será que ninguém liga pra gente.
Precisamos de um governante que realmente conheça nossas dificuldades/desafios e metas/objetivos. E, Magé precisa que esses "falsos políticos" que gostam de matar os "políticos do bem" se mudem ou mudem de pensamento.
Podem continuar a comentar e mandar e-mails, e caso alguém queira continuar o serviço prestado pelo Blog é só entrar em contato pelo e-mail: piabeta-mage@live.com
A Parada do Orgulho LGBT de Magé bateu recorde de público na quarta edição. O evento realizado no sexto distrito arrastou uma multidão com mais de 20 mil pessoas, de acordo com a organização.
Na festa realizada neste domingo, 16, várias atrações se apresentaram em três trios elétricos que animaram o público. Um ônibus da rádio FM O Dia também acompanhou a multidão com a distribuição de brindes e brincadeiras.
Com o tema 'Preconceito, não aceito! Diga sim à criminalização da homofobia já!", a comunidade LGBT realizou o encontro em Fragoso, organizado pela ONG Cores de Magé.
De acordo com o presidente da ONG, "o objetivo com esse movimento é mostrar que nós somos iguais a todo mundo. Nós votamos, estudamos, trabalhamos e estamos aqui principalmente para mostrar para somar, pois também somos cidadãos", justificou.
O esquema de fiscalização montado pelas Secretarias de Meio Ambiente e Segurança Pública para coibir a entrada de caminhões de coleta de lixo de outros municípios, nos dias 13 e 14 de junho, notificou mais 36 veículos com multas que chegam até R$50.000.
A ação foi realizada com base na Lei nº 1743/06 e o Decreto nº 2840/13 do Código Ambiental Municipal, que proíbem o transporte de qualquer tipo de resíduo sólido originário de outro município nas ruas e avenidas de Magé.
"A fiscalização será constante com o objetivo de cumprir com as especificações da Lei e as empresas que insistirem em utilizar esse caminho para Magé, serão notificadas e impedidas de prosseguir", explicou o secretário de Meio Ambiente, Leandro Vidal.
A atitude foi tomada devido às inúmeras denúncias da população mageense, que perceberam que os caminhões com resíduos de outros municípios passavam pelos Centros dos distritos, espalhando chorume, provocando mau cheiro no perímetro urbano e poluindo o ambiente.
A Escola Municipal Geraldo Ângelo em Fragoso, no 6º distrito, entrou na lista das unidades ecologicamente corretas. Na última quinta-feira (13) educadores ambientais visitaram a escola para inserir o projeto Coleta Seletiva Solidária, que faz com que os alunos aprendam a importância de separar o lixo para um mundo melhor.
Durante as palestras ministradas pelo Núcleo de Educação Ambiental, da Secretaria de Meio Ambiente, para alunos do 6º e 9º ano foram demonstradas a maneira correta para separação dos resíduos.
Todo o lixo arrecadado nas escolas participantes, pelos caminhões da coleta, é destinado a Cooperativa de Catadores de Bongaba, dessa forma, além de colaborar com os cooperativados, os impactos em nosso meio é diminuído significantemente.
Segundo o secretário de Meio Ambiente, Leandro Vidal, o objetivo do trabalho é investir em um futuro mais sustentável. "Tudo o que fazemos hoje em nível de meio ambiente é remediar os erros do passado, e planejar um futuro que consiga conciliar a preservação ambiental e o desenvolvimento sustentável", disse.
Serviços sociais, de saúde e informativos foram disponibilizados à população na manhã deste sábado (08), na Praça de Piabetá, através da parceria entre a Secretaria Municipal de Assistência Social e Direitos Humanos e outros órgãos municipais e estaduais, além do Instituto Embelleze que ofereceu serviços de manicure, cabeleireiro e maquiador.
Secretarias municipais mobilizaram equipes para oferecerem serviços como emissão de carteira de trabalho, cadastro em programas, distribuição de material informativo e de preservativos, recreação infantil, entre outros. Profissionais do DETRAN também participaram do evento emitindo primeira via de carteiras de identidade, enquanto o CCDC (Centro Comunitário de Defesa da Cidadania) liberou 25 isenções de taxas para primeira via de certidão de nascimento e 25 para certidões de casamento.
O evento abriu as comemorações do aniversário da cidade, que completa 448 anos neste domingo (09). O prefeito Nestor Vidal compareceu ao evento junto com secretários municipais. As comemorações continuarão, ás 22 horas Magé receberam o grupo Celebrare, e no domingo desfile cívico e a chegada da Cruz Missionária da Jornada Mundial da Juventude, encerrando com um show com Eugênio Jorge.
No dia 9 de junho, Magé completa 448 anos de fundação e já começa a comemorar neste quarta-feira com a Semana do Meio Ambiente no Morro do Bomfim. Na sexta-feira, será realizada uma ação ambiental em Mauá. No sábado, a festa será comandada pela banda Celebrare com um show gratuito no Centro. Para encerrar, no domingo, Magé vai receber a Cruz Peregrina e o Ícone de Nossa Senhora, símbolos da Jornada Mundial da Juventude.
Depois da inauguração da 1ª Ferrovia do Brasil, em 30 de abril de 1854, Magé foi elevada à condição de cidade. O município foi emancipado em 1857 e é uma das cidades mais antigas do Brasil.
A edição do segundo semestre deste ano do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) para vagas em cursos de graduação em universidades federais e institutos federais de ensino superior terá 39.724 vagas, segundo balanço preliminar divulgado pelo MEC na tarde desta segunda-feira (3).
De acordo com os dados, 54 instituições já aderiram ao sistema com 1.179 cursos. As inscrições serão abertas no próximo dia 10 e poderão ser feitas até as 23h59 do dia 14 nosite do Sisu. Segundo o MEC, o número de vagas ainda pode mudar até a abertura do sistema.
A portaria com o edital do Sisu de meio de ano foi publicada nesta segunda-feira (3) no "Diário Oficial da União". Só poderá participar do Sisu quem tiver feito o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2012 e que não tenha tirado zero na redação. O MEC ainda não informou o número de vagas que estarão disponíveis neste processo seletivo.
A primeira chamada do Sisu será feita no dia 17 de junho, com matrículas nos dias 21, 24 e 25; a segunda chamada no dia 1º de julho, com matrículas nos dias 5, 8 e 9 de julho.
Os candidatos poderão escolher duas opções de vagas disponíveis no site. Eles deverão acompanhar a inscrição até o final para ver quais as possibilidades de obter aquela vaga. É possível mudar a opção quantas vezes quiser até o último minuto do prazo. A última alteração é a que será considerada válida.
Ao se inscrever no processo seletivo do Sisu, o estudante deverá especificar em ordem de preferência, as suas opções de vaga em instituição, local de oferta, curso, turno. O candidato deverá ainda dizer qual é a a modalidade de concorrência, podendo optar por concorrer às vagas reservadas para estudantes que fizeram o ensino médio em escola pública, para cotas a alunos que se autodeclarem negros, pardos ou indígenas; para às vagas destinadas às demais políticas de ações afirmativas eventualmente adotadas pela instituição no Termo de Adesão ao Sisu; ou para as vagas destinadas à ampla concorrência.
É proibido se inscrever em mais de uma modalidade de concorrência para o mesmo curso e turno, na mesma instituição de ensino e local de oferta.
A lista de espera do Sisu será utilizada prioritariamente pelas instituições participantes para preenchimento das vagas eventualmente não ocupadas nas duas chamadas regulares do Sisu.
Em caso de empate entre dois ou mais estudantes pelas notas do Enem 2012, o desempate será feito, pela ordem:
I - nota obtida na redação; II - nota obtida na prova de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias; III - nota obtida na prova de Matemática e suas Tecnologias; IV - nota obtida na prova de Ciências da Natureza e suas Tecnologias; V - nota obtida na prova de Ciências Humanas e suas Tecnologias. Fonte: G1
Em parceria com a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Agricultura (SMDEA) e Emater, um grupo de produtores orgânicos do município se reúne mensalmente para realizar mutirões de trabalho. Nesta segunda-feira (3) as equipes se mobilizaram para trabalhar na propriedade da agricultora Maria Rita de Cássia Rodrigues, no bairro da Ponte Preta, sexto distrito de Magé.
Com o objetivo de apoiar os produtores no desenvolvimento do trabalho, o mutirão substitui as reuniões mensais, por um dia de trabalho. "O secretário de agricultura [Aloisio Sturm] nos pediu para apoiar com um trabalho mais prático, já fazíamos a reunião mensal, então agora além da reunião nós ajudamos os produtores em trabalhos que levariam mais tempo se eles fizessem sozinhos", explicou o engenheiro agrônomo da SMDEA Magé, Luiz Henrique dos Santos Teixeira.
O trabalho realizado nesta etapa foi a continuação de um projeto de adubo verde que já havia sido iniciado em dezembro. Além de dar continuidade na orientação do uso do adubo, que é composto por plantas que produzem matéria orgânica ou nitrogênio, a equipe composta por 13 voluntários, formada por agricultores, técnicos e engenheiros, também auxiliou no plantio de duas variedades de mandioca, abóbora e milho.
A sétima edição do mutirão, o sétimo realizado pelo grupo, será no dia primeiro de julho, na propriedade do agricultor Waldemar Melo, em Santo Aleixo no segundo distrito.
No último final de semana a equipe de fiscalização apreendeu 47 motos e cinco carros na operação choque de ordem realizada em Fragoso, no 6º distrito.
O grupo formado por guardas municipais, fiscais do Transporte e policiais militares montaram um posto na localidade, onde verificaram documentos e transporte alternativo, por exemplo. A ação ocorreu na Estrada do Goiabal, em frente ao Ginásio Poliesportivo Renato Medeiros, via de acesso ao bairro Pau Grande.
Com o objetivo de coibir a circulação de veículos com documentação irregular, o transporte alternativo clandestino e carros de som fora dos padrões exigidos, "um local com grande movimentação, especialmente nos finais de semana, e também por ser acesso aos bairros de Raiz da Serra e Pau Grande", declarou o secretário de Transportes, Edivar Tavares.
O governo municipal levou os principais atendimentos realizados na Prefeitura e nas secretarias para a Rua Gustavo de Carvalho, no bairro Jardim Novo Horizonte, em Piabetá. A população foi atendida pelos secretários municipais de diversas áreas, e pelo prefeito de Magé, Nestor Vidal, no gabinete montado no local onde puderam fazer suas solicitações, reclamações e terem soluções e respostas para os problemas da comunidade. O atendimento durou toda a manhã desta quarta-feira (29), e atenderá outras localidades do município em datas ainda não divulgadas.
Além de conversar diretamente com secretários municipais, os moradores do Jardim Novo Horizonte tiveram acesso ao serviços de emissão das carteiras de trabalho, consulta e impressão da guia de IPTU, receberam material informativo de saúde, combate à dengue, defesa civil e educação ambiental.Esta é a segunda visita da ação no bairro do sexto distrito.
No dia 03 de maio o Gabitene Itinerante também esteve no Jardim Nazareno, realizando os mesmos serviços para quem vive na localidade.
Com a inflação em alta, cada vez menos alimentos cabem no Bolsa Família. Desde a sua criação, em outubro de 2003, o Benefício Básico foi reajustado em 40%. Nesse mesmo período, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) — que mede a inflação para quem ganha até cinco salários mínimos — acumulou alta de 52,03%, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Ou seja, descontando a inflação do aumento do benefício, houve perda real de 12,03%.
Só o Benefício Variável, pago a grávidas, mulheres que amamentam e crianças até 15 anos, teve reajuste acima da inflação (113%), que, no entanto, quase foi anulado pela alta da cesta básica no Rio, por exemplo, que encareceu 107% desde novembro de 2003, segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Econômicos (Dieese).
Beneficiários ouvidos pelo EXTRA contaram que, hoje, saem dos supermercados com menos produtos do que há alguns anos. Em Duque de Caxias, a dona de casa Claudia Simone Soares, de 37 anos, reclama do aumento nos preços do leite, do arroz e das fraldas, que precisa comprar para o filho caçula.
— E não é sempre que temos carne para comer — contou Claudia, que tem oito filhos e recebe R$ 102 do governo.
A faxineira, Vanderleia medeiros, de 34 anos, se vira como pode para conseguir alimentar os três filhos. Ela sustenta as crianças sozinha, em Piabetá, distrito de Magé, desde que o marido a abandonou, há dois anos.
— Hoje o botijão de gás está a R$ 40. Antigamente, eu comprava por R$ 30. Todo mês, os preços das coisas aumentam. Meu benefício é R$ 260. Recebi ontem, e já acabou tudo. No fim do mês, quando estou sem dinheiro, tenho que comprar cesta básica fiada de um rapaz que vende de casa em casa — relatou Vanderleia.
Em março, o governo federal passou a pagar um complemento para 2,5 milhões dos 16 milhões de beneficiários. O valor, que é variável, é pago a famílias que, até então, viviam com menos de R$ 70 mensais por pessoa, seja só de benefício ou da soma do benefício com a renda.
Para o governo, bolsa cresceu
O ministro-chefe da Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE), Marcelo Neri, defende que o valor do Bolsa Família aumentou, devido aos recentes complementos dados pelo governo para que a renda por pessoa não seja menor do que R$ 70. O próprio Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), no entanto, não considera as medidas como reajustes.
— Houve crescimento de 15,61% em termos reais (descontada a inflação). Se você pegar o caso de uma mulher sem crianças, o benefício caiu. Mas isso é uma exceção. O bolsa família é a fonte de renda que mais cresce no país — afirmou Neri.
Economistas: há perda
Segundo o economista Marcel Guedes Leite, da PUC-SP, o governo precisa rever os valores dos benefícios.
— O Bolsa Família precisa, sim, acompanhar o impacto inflacionário. Afinal, o objetivo é melhorar a renda.
Para o professor de Economia do Ibmec Mauro Rochlin, houve uma redução do valor real do benefício.
A Secretaria estadual do Ambiente contestou os dados divulgados na terça-feira pela Abrelpe (Associação Brasileira das Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais). De acordo com a associação, o Estado do Rio avançou apenas 0,1 ponto percentual no tratamento adequado de seu lixo (de 68%, em 2011, para 68,1%, em 2012). A secretaria, no entanto, afirmou que os números estão incorretos e apresentou uma diferença discrepante em relação à Abrelpe. Segundo o governo, o aumento na destinação de resíduos de forma correta foi de 53 pontos percentuais (de 39%, em 2011, para 92%, em 2012).
A Abrelpe, por sua vez, reafirma os dados divulgados:— Esses dados estão defasados — diz Luiz Firmino, subsecretario executivo do Ambiente. — Acredito que isso se deva à velocidade com que a coisa está acontecendo. Fechamos, em média, dois lixões por mês, e o número muda rápido.
— Nosso panorama é fruto de uma pesquisa junto aos municípios. Não inventamos dados. Publicamos exatamente o que nos respondem — afirma Carlos Silva Filho, diretor executivo da Abrelpe, que aponta a causa para a diferença dos 68,1% computados pela associação que dirige, contra os 92% da secretaria: — Estão juntando aterro sanitário com aterro controlado, o que não deveria ser feito.
Firmino rebate:
— Negativo. O único aterro controlado, hoje, é em Magé.
Em compensação, Silva Filho concorda que o trabalho esteja caminhando rápido:
— O estudo é referente a 2012. De dezembro até agora, muita coisa avançou.
Faz pelo menos um ano e meio que nenhum batalhão da Baixada Fluminense consegue atingir as metas de redução dos índices de criminalidade do governo. O fato precipitou a queda da chefia do 3º Comando de Policiamento de Área (CPA), ocorrida há duas semanas. Mas há um dado que especialistas consideram determinante para essa ineficiência: cinco dos seis batalhões da região estão em áreas com mais de mil habitantes a cada PM do seu efetivo original. São eles: 20º (Mesquita); 39º (Belford Roxo); 15º (Caxias); 21º (São João de Meriti); e 24º (Queimados). No Estado do Rio, são 12 dos 39 batalhões nestas condições.
O levantamento, com dados de março, é do deputado estadual Pedro Fernandes (PMDB), com base em informações repassadas por fontes da Secretaria de Segurança Pública do Rio. Em relação à Baixada, o recém-empossado comandante do 3º CPA, coronel Claudio Lima Freire, confirma os números, embora considere que a situação vem sendo amenizada com o emprego de PMs pelo Regime Adicional de Serviço (RAS) — trabalho no dia da folga.
Dados do Ministério da Justiça mostram que a média nacional é de 431 habitantes por PM. O 20º BPM (Mesquita) vive a pior situação do estado, em relação a seu efetivo original. Tem 1.659 habitantes por cada PM. Dá 284% a mais do que a média nacional. E cabe a pergunta: e se fosse na Zona Sul da cidade do Rio? Na Área Integrada de Segurança Pública do Leblon (Aisp 23), por exemplo, são 157 habitantes por policiais. Em Botafogo (Aisp 2), 451. Apesar disso, as Aisps de Mesquita e Caxias tiveram, respectivamente, em 2012, um homicídio doloso a cada 2.613 habitantes e a cada 2.479. Em Botafogo (Aisp 2), na Zona Sul, foi um homicídio a cada 34.948 habitantes (13 vezes mais pessoas do que em Mesquita).
Medo toma conta de moradores
Com elevado número de habitantes por cada policial militar, as cidades da Baixada apresentam índices de criminalidade altos nos três tipos de crimes usados, pela Secretaria de Segurança, para avaliação semestral de metas: homicídio doloso (quando há intenção), roubo de veículos e roubo a transeuntes. Não só os números dizem isso. Mas também os relatos nas ruas.
No dia 13 de maio, dois homens renderam o gerente de transportadora Podalírio Oliveira, de 52 anos, num bairro de Duque de Caxias, quando saía de uma agência bancária. Ele foi ameaçado de morte e teve uma arma encostada em sua cabeça. O caso foi registrado na 59ª DP (Duque de Caxias).
— Um dos bandidos apontava a arma para mim e para outras pessoas. Dizia que qualquer coisa que saísse errada, ele iria matar algum de nós — diz o gerente, que considera insuficiente o número de PMs nas ruas da cidade.
Em 2012, a Aisp 15 (Duque de Caxias) registrou 4.354 roubos a pessoas nas ruas. Um roubo a cada 201 habitantes.
Já X. tem até medo de tirar foto. Ela é dona de uma joalheria, também em Caxias. Este mês, um homem de terno entrou em seu estabelecimento e pediu um cordão grosso de ouro. Logo depois anunciou um assalto.
— Minha intenção era trabalhar com joias caras, mas desisti. Mudei o foco da empresa — disse X..
Em Mesquita, Luis Jorge Ribeiro, de 57 anos, foi assaltado também este mês. À noite. Um homem com uma faca o abordou. Queria a bicicleta e a carteira do aposentado:
— Deixei de ir ao baile com medo da violência.
PM apela para folgas
Há três semanas, antes mesmo da queda do ex-comandante do 3º CPA, Danilo Nascimento da Silva, houve uma reunião no Estado-Maior da PM. O objetivo era fazer um ajuste nos quantitativos dos policiais. Houve um veredicto de que era preciso melhorar o aproveitamento dos policiais de folga no regime do RAS.
Em 2012, apenas as Aisps do 15 BPM (Caxias) e do 20º BPM (Mesquita) estavam inseridos no programa RAS com 192 vagas diárias e 237, respectivamente. Mas, muitas vezes, os policiais não se ofereciam porque os horários eram incompatíveis com a disponibilidade dos homens.
Ao longo deste ano, os outros quatro batalhões da Baixada ingressaram no sistema. Atualmente, o 39º (Belford Roxo) tem, por dia, 20 vagas; o 34º (Magé), 30; o 24º (Queimados), 30; e o 21º (São João de Meriti), 80.
Questionado se o efetivo original somado o número de policiais pelo RAS é suficiente, o atual comandante do 3 CPA, coronel Lima Freire foi otimista:
— Fizemos ajustes e já melhorou. Estamos tendo um preenchimento, em dias úteis, de 97% a 100% das vagas oferecidas no RAS. Se trabalharmos com essa plenitude, é suficiente. Mas, se verificarmos que precisa de mais RAS, pedirei mais — disse o oficial.
Mais PMs, menos crimes
As regiões englobadas pelos seis batalhões localizados na Baixada Fluminense têm 1.294 habitantes por policial militar. Na Zona Sul da cidade do Rio, essa relação é de 233 habitantes por policial.
— O mais importante nesse levantamento (de efetivo original de PMs) da Alerj (Assembleia Legislativa do Rio) é ele demonstrar uma desproporção na distribuição de efetivos. Mesquita não tem que ter o mesmo número do bairro do Leblon. Não é equivalência, mas se um lugar tem 1.600 habitantes por policial, e o outro tem cem, é claro que a capacidade de pronta resposta do batalhão do primeiro lugar está comprometida — diz a professora do Instituto Universitário de Pesquisas (Iuperj), Jaqueline Muniz.
Já para o pesquisador do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Mário Jorge Cardoso de Mendonça, os dados do levantamento feito na Alerj corroboram as conclusões de um estudo realizado pelo economista: o de que o aumento de efetivo policial, sobretudo aquele relacionado à Polícia Militar, tem o efeito de reduzir o número de homicídios.
— Mas é preciso fazer ressalvas. Para explicar o fenômeno da criminalidade, outras variáveis devem ser levadas em consideração, como os aspectos socioeconômicos de cada localidade.
Polícia Militar admite mais policiamento em áreas turísticas
Em nota, a assessoria de imprensa da PM informou que há novos PMs sendo formados e alegou, ainda, que “em qualquer cidade do mundo há mais policiamento em regiões em que há exploração do turismo”. Leia a íntegra do informe:
1- A análise do efetivo necessário para cada região não obedece apenas a critérios quantitativos. Em qualquer cidade do mundo há mais policiamento em regiões, por exemplo, em que há exploração do turismo como atividade econômica e que gera empregos.
2- O efetivo tem sido reforçado com policiais do Regime Adicional de Serviços (RAS). Em maio, cerca de 1600 policiais por dia trabalharam reforçando os batalhões de todo o Estado pelo RAS. Metade deste efetivo tem sido empregado nos batalhões da Baixada Fluminense.
3- O atual comando da PM tem estimulado o diálogo com a comunidade por meio dos Conselhos Comunitários. A experiência realizada em Niterói foi muito positiva e resultou no reforço de mais 680 policiais para o município. O diálogo vem acontecendo na Baixada e promete resultados em breve. Só em Duque de Caxias começa em junho o trabalho do Programa Estadual de Integração na Segurança (PROEIS) com 52 policiais.
4- A comparação entre efetivo de Unidade de Polícia Pacificadora e o policiamento em áreas formais urbanas é comum entre o público leigo, mas não encontra ressonância entre os gestores e especialistas. O efetivo de uma UPP tem o objetivo de resgatar o território e preservá-lo da presença de traficantes armados, devolvendo a comunidade a seus verdadeiros donos: os moradores de bem.
5- Outro ponto que tem que ser considerado é que o Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Praças tem formado uma média de 500 policiais por mês. Estes são movimentados conforme as necessidades do plano de pacificação de comunidades e também considerando as metas de redução de criminalidade de rua. Trata-se de uma gestão que tem foco nestas duas atividades. Não há, como se afirma, “desvio” ou "deslocamento" de função, e sim destinação.
6- A estratégia de concentrar nestes dois focos tem trazido resultados estruturais importantes. A redução no número de homicídios é um deles – vale lembrar que em novembro houve o menor número de homicídios em 21 anos no Rio de Janeiro, desde que teve início a série histórica. O indicador de Letalidade Violenta (homicídio doloso, latrocínio, homicídio decorrente de intervenção policial e lesão corporal seguida de morte) no Estado do Rio de Janeiro no mês de março apresentou uma redução de 1,3% se comparado com o mesmo período do ano passado. Foram 442 vítimas em março de 2013, contra 448 no mesmo mês de 2012. É lícito entender que se houvesse desvio de função a Polícia Militar não teria alcançado estes índices.
7- No Estado, segundo informa o ISP, desde que teve início a Polícia de Pacificação (considerando o ano de 2010), houve queda nas mortes violentas e nos roubos de rua, dois dos índices que mais têm relação com a sensação de segurança. Em 2010, houve 5828 mortes violentas, seguidas de 4960 em 2011 e 4606 em 2012 (1260 de janeiro a março de 2013). Foram 78536 roubos de rua registrados em 2010, seguidos de 66535 em 2011 e 58539 (até março de 2013 são 16153).